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Castanheira de Pera, Portugal
"O Meio-termo é a virtude dos mentecaptos lobrigando a sua incapacidade de tocar o excelso".

terça-feira, 17 de agosto de 2010















A PALAVRA

A palavra deveria ser uma doutrina, mas não é. A Palavra deveria estar condicionada ao seu vero sentido, não sujeita a dúbias interpretações.
A força da Palavra é incontestavelmente desmesurada. Ela pode atingir a velocidade da luz, e ser tão ferina com uma arma.
A Palavra é gnómica. Pode ser meiga, delicada, sedutora. Como poderosa, corajosa, atrevida, ou ainda violenta ou até letal.
Apesar disso a Palavra é frágil, tão frágil, que a distorcemos, que a eclipsamos sob outro sentido, ou a moldamos a outros desígnios.
A Palavra é o veículo para expressarmos as nossas emoções, mesmo quando, julgamos que as não revelamos.
Porque as Palavras não mentem, as pessoas sim.
As Palavras, para quem as atentar ouvir, elas acusam o estado de espírito de quem as profere.
As Palavras podem flutuar em doces sussurros, ou ser disparadas para grandes distâncias, até se diluírem no infinito. Nunca voltam atrás.
As Palavras, não têm medo, não se arrependem. Uma vez soltas, atingem infalivelmente o seu objectivo.
As Palavras, sobem montanhas, atravessam oceanos, permeiam céus. Forjam guerras, desgarram destinos, projectam a morte. Assim como podem, consciencializar a Humanidade. Derrubar barreiras, aniquilar preconceitos, disseminar a Paz, semeando o amor no corações dos Homens.
Há palavras que amam, palavras que magoam, palavras que matam.
Palavras que ficam marcadas a fogo no nosso subconsciente.
Palavras que são arremessadas como punhais
Palavras suspiradas no silêncio
Palavras que não são ditas
Palavras que não são pensadas
Mas de todas elas, as mais perigosas, são as que queremos ouvir!
Porque essas Palavras… são indubitavelmente as que nos atraiçoam o destino!


M. Gouveia

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