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"O Meio-termo é a virtude dos mentecaptos lobrigando a sua incapacidade de tocar o excelso".

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A AMEAÇA DOS ISLAMISMO

Houve alguém que me enviou há tempos um e-mail que alertava para ameaça islâmica.
É interessante como as palavras têm um extraordinário poder de bloquear o raciocínio dos incautos. E esse é o objectivo da propaganda xenófoba.
Semear a desconfiança e o repúdio por uma raça, neste caso pelo mundo muçulmano, com a mesma argúcia que Hitler utilizou para exterminar os judeus.
É certo que os muçulmanos se têm espalhado pela Europa, como todos os cidadãos do mundo o fazem. E por razões idênticas.
Os mais pobres vão à procura duma vida melhor, porque é neles que se reflectem as dificuldades provocadas pela má gerência do seu país.
Outros fogem à repressão política, e outros ainda porque pretendem libertar-se das leis absurdas completamente desfasadas do resto do mundo.
É compreensível que levem consigo todos os dogmas que fazem parte da sua identidade e que definem a cultura a que pertencem.
São duma maneira geral os mais necessitados, que se agarram às crenças religiosas, sabendo que o mal não está na religião, mas na interpretação que fazem dela.
Estas regras aplicam-se aos emigrantes de qualquer país.
Quase sempre estas pessoas vão pegar em trabalhos menos qualificados, neste caso todos são beneficiados.
Quando um país que é por norma destino de imigração entra em crise, o fluxo de imigração também recua.
Assim como é do conhecimento geral, que os filhos dos imigrantes, principalmente os netos acabam por se identificar com os países onde actualmente vivem, principalmente se nasceram nele.
Podemos comparar com os nossos luso-descendentes que ao fim de vários anos, já não encontram motivos para voltarem a Portugal, porque toda a família está plantada noutro país.
De país de origem restam as memórias. Mas morrendo os patriarcas…morrem as lembranças deste pequeno rectângulo, como o sangue que se vai diluindo ao longo das gerações no seu entrosamento com o  país de acolhimento.
Acabando por resultar numa situação completamente inversa àquela que o texto nos alerta.
Perdendo-se a identidade, os costumes, as tradições e as crenças religiosas, deixa de fazer sentido a ameaça.
E as Mesquitas que são agora o apoio espiritual dos imigrantes islâmicos para as gerações futuras, não serão mais do que belos monumentos a visitar.


M. Fátima Gouveia

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